Quem procura atalho, procura trabalho.
Malandramente, fazendo do titulo seu algoz.
Hoje quero
falar um pouco sobre “profissionais do atalho”, aqueles que fazem um marketing
de sucesso falso, porque “cresceram” como dizem atualmente “malandramente”.
Convivemos
com a cultura do jeitinho brasileiro, aquele “malandramente” que parece
inocente, mas no final tem consequências sérias.
Estamos em
tempos de crise, e a última coisa que alguém que esta a procura de uma
oportunidade no mercado deseja é ser enganado. Mas sempre tem uns ai que
desejam mais um titulo do que um bom trabalho.
Irei
especificar, vou colocar como EXEMPLO o Marketing de Network (MMN – Marketing de
Multi Nível), existem SIM empresas sérias e NÃO SÃO “PIRAMIDES”. Pirâmide
(também) pode ser o trabalho convencional, onde tem o Dono da empresa (topo da pirâmide),
a diretoria, os funcionários até chegar na faxina/trabalho braçal (base da
pirâmide), mas depois explico só sobre esse trabalho, agora quero falar das
empresas sérias.
Como em toda
empresa existem títulos, e diferente do mercado convencional que existem “vários
vendedores”, poucos gerentes e raros donos, no MMN você tem vários gerentes,
todos donos e vendedores. Alguns dão mais benefícios, e outros fazem pessoas “perderem
amigos” por causa de uma “ideologia” que ensinam a forçar o outro a comprar ou
fazer o pacote.
Mas em todos
temos títulos que premiam o trabalho da pessoa, e isso vai subindo de nível.
Exemplo:
Na “Surian’s
Corporation” uma empresa de MMN, “possuímos” títulos e começando como Plebeu, depois Conde, Príncipe, Conselheiro e Rei.
Para
alcançar cada titulo a pessoa tem que fazer um bom trabalho e apresentar
pessoas para o negócio, isso acumula “pontos” e faz com que a pessoa cresça em
cada posição.
Tudo tem um
custo pessoal, é bom dançar, mas a perna dói, é bom falar em inglês, mas
estudar verbos irregulares não é legal. É bom ser reconhecido, mas não é legal
trabalhar honestamente. Ai entra o “malandramente”, aquele que pega atalho.
Vamos entender como acontece:
Na minha
empresa fictícia todos que entram são Plebeus, e se a pessoa apresentar 02
pessoas com a compra de um “combo”
de produtos e vender + 10 pontos ganha o titulo de Conde (cada combo de 3 mil
reais).
Se
apresentar para 04 pessoas + 20 pontos, ganha o titulo de Príncipe.
Se
apresentar para 06 pessoas + 40 pontos, ganha o titulo de Conselheiro.
Se
apresentar para 10 pessoas + 80 pontos, ganha o titulo de Rei.
Então uma
pessoa com foco, e bom trabalho se planeja e trabalha arduamente por 1 a 3 anos
na empresa e chega a Rei. Mas então chega aquele que “malandramente”, vamos
chamar de João, ele coloca a mãe e o pai e paga para eles o combo e os pontos (gasta
uns R$6.500,00 e parcela no cartão). Ele é chamado no palco, as pessoas o
aplaudem e então João pensa:
- É aqui que eu quero estar, no palco com as
pessoas me aplaudindo.
É ruim
pensar assim? Não! Pelo contrário, mas como chegar a isso pode ser prejudicial.
João alucinado
com o reconhecimento e mostra planos de negócios (alucinado), e percebe que na
vida real muitos acham interessante, todos querem ter o seu próprio negócio, mas
a maioria não quer investir os R$3.000,00 e ter que trabalhar. Depois de
apresentar 15 planos, apenas 1 fechou. E ele precisa de mais 1 para chegar a Príncipe,
então ele (endividado e já com produtos dos outros combos em casa parado)
cadastra o vizinho com os dados dele, mas compra o combo no cartão dele.
E mais uma
vez vai lá João no palco ser aplaudido, afinal pela empresa ele é um excelente
profissional em menos de 1 mês se tornou príncipe. E o gostinho do poder e do
reconhecimento foi acontecendo, então João decide cadastrar amigos e comprar os
combos no lugar deles. Pessoas (maus amigos) ficam no ouvido, compra mesmo,
assim vc chega a este nível e terá mais benefícios dentro da empresa e chega a
Rei!
João é
ovacionado pela multidão, em menos de 03 meses ele conquistou o titilo de
honra, vai ganhar viagens, reconhecimento e o PALCO onde poderá contar a sua
trajetória.
João na
verdade tem uma divida de mais de R$30.000,00, um monte de produtos parados, e
ele vai ter que trabalhar 20x mais para vender, talvez com preço menor do preço
de custo para não vencer os produtos e é capaz de não conseguir vender tudo.
Toda rede de
marketing Multi Nível, tem ganhos pelas vendas e pela rede (pessoas que foram
cadastradas), porque a empresa entende que se a pessoa também faz um bom
trabalho foi porque um dia alguém apresentou a ela a oportunidade. No caso do
João, ele não tem dinheiro de rede, e o de vendas não vai pagar as contas.
Então João
se vê com muitas dividas, precisa vender o carro, a namorada larga ele, a mãe
fica no ouvido reclamando e ele mesmo amando os palcos precisa parar de
trabalhar com o negócio.
Então o “malandramente”,
arruma um emprego que paga pouco, e trabalha muito.
Então
repito: Quem procura atalho, procura trabalho. E o malandramente, fez do seu
titulo seu algoz.
Se
ele tivesse esperado, apresentado planos para pessoas que realmente queriam
fazer o negócio, não tivesse tido vergonha de ir a rua e fazer acontecer, ele
poderia até ter crescido em menos de 90 dias, o problema foi ele não entender
que o NÃO faz parte e quis o titulo mais do que o dinheiro e o sucesso.
E pensa que o
João vai querer sair por baixo? Não! Ele (ainda) sai falando por ai:
- Esse
negócio de MMN é tudo furada! Perdi carro, namorada e escuto da minha mãe até
hoje.
(Temos que rir de pessoas assim)
Dicas:
Verifique as pessoas que tem títulos questione como está a rede deles, veja se
empresa tem mais de 5 anos no mercado de MMN, e se tiver dúvidas questione
outras pessoas QUE TRABALHAM com MMN antes de simplesmente acreditar em títulos.
A boa
noticia é que É POSSIVEL fazer um bom trabalho SIM, ganhar dinheiro e ter tranquilidade
financeira com MMN, basta fazer um bom trabalho. Saber que TODOS começam por
baixo, e o crescimento/reconhecimento virá com o seu esforço. Os NÃO(s) de hoje
serão os passos para os SIM(s) de amanhã.
Como diz
Robert Kiyosaki:
“As pessoas
mais ricas do mundo constroem redes, e todas as outras procuram emprego.”
Deborah Surian
Coach PNL
Trabalhe sua vida profissional
Nenhum comentário:
Postar um comentário